Saturday, October 25, 2025

 

UMA CONFERÊNCIA EUROPEIA PARA A PAZ 

NA UCRÂNIA, RÚSSIA E EUROPA

— dos cidadãos, pelos cidadãos, para os cidadãos



Uma imagem com flor, esboço, clipart, Desenho de linha

Os conteúdos gerados por IA podem estar incorretos. 


Na cimeira do G7, em 17 de Junho de 2025, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, entregou a Donald Trump, presidente dos EUA, uma camisola de Cristiano Ronaldo, assinada pelo próprio, onde estava impresso o seguinte apelo: “Play for peace. As a team” [«Joguem pela Paz. Como uma equipa»].

Um apelo justo, mas com um mensageiro e um destinatário errados

O apelo de Cristiano Ronaldo exprime um desejo legítimo e urgente. Mas tem um mensageiro errado (António Costa) e um destinatário errado: o G7 — Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido (RU), Estados Unidos da América (EUA) + a União Europeia (UE) como participante extranumerário.

A única equipa interessada em jogar pela paz e capaz de o fazer com empenho e lisura, é a formada pelos cidadãos comuns que constituem os povos desses países e dos demais países, incluindo os países da Europa que não são membros da União Europeia.

Uma tarefa da cidadania

Teremos, pois, de ser nós, cidadãos comuns, a tomar a iniciativa e a actuar para construir uma paz duradoura na Europa. (Se o fizermos, os governos serão obrigados a obedecer-nos ou cairão).

Que podemos fazer nesse sentido de imediato? Convocarmos uma Conferência Europeia para a Paz na Ucrânia, na Rússia e na Europa.

Com que palavras de ordem? Este é o ponto mais melindroso. Propomos, para começar, as seguintes:

● Formação de uma Comissão de Verdade e Reconciliação nos moldes daquelas que tão bons resultados deram na África de Sul pós-apartheid e em Timor-Leste pós-independência.

Esta comissão independente poderia começar a fazer o seu trabalho imediatamente após a assinatura do Acordo de Paz ‒ ouvindo as queixas (de todos os lados) de violação dos direitos humanos desde 2014 ‒ independentemente dos processos de investigação forense conducentes aos julgamentos dos crimes de guerra, que serão necessariamente muito morosos.

● Os julgamentos por crimes de guerra, deverão ser organizados pelos respectivos Estados, como sugeriu o eminente jurista Alfred de Zayas: os julgamentos de crimes de guerra alegadamente russos por tribunais russos; os julgamentos de crimes de guerra alegadamente ucranianos por tribunais ucranianos.   

Neutralidade militar permanente da Ucrânia inscrita na sua Constituição. Renúncia da Ucrânia ao objectivo de entrada na OTAN (/NATO), com a revogação dos artigos da Constituição ucraniana que expressam esse objectivo (arts. 85[5], 102, 116 [1]).

Garantias legais de que a Ucrânia não permite o fabrico, a recepção, o trânsito e o posicionamento de armas nucleares e de outras armas de destruição maciça no seu território.

Garantias legais de que a Ucrânia e a Rússia não permitem a instalação de bases militares e a presença de contingentes militares estrangeiros nos seus respectivos territórios.

Reconhecimento do direito à autodeterminação (n.º 2 do artigo 1.º, artigo 55.º e artigo 73.º da Carta das Nações Unidas; artigo 1.º do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos) nas suas várias modalidades (autonomia regional, federalismo, secessão, integração voluntária noutro país) da população da Crimeia e das populações dos oblasti do Leste e Sul da Ucrânia que se sentem mais russas do que ucranianas e que expressaram livremente a sua vontade por meio de referendos.

● Garantias legais de protecção da língua russa como língua co-oficial da Ucrânia e dos direitos culturais (incluindo a liberdade religiosa) dos ucranianos russófonos (52% da população ucraniana), bem como dos direitos culturais dos ucranianos falantes de línguas minoritárias (p.ex., húngara e romena).

Fim de todas as sanções proibição de difusão de órgãos mediáticos de comunicação social (RT, Sputnik, etc.) no espaço da UE; proibições de vistos e viagens na UE, no espaço Schengen, no RU e na Irlanda; congelamento de bens, restrições às importações e exportações económicas num total de mais de 10.279 sanções (882 sanções entre 17 de Março de 2014 e 22 de Fevereiro de 2022, mais 9.237 de 22 de Fevereiro de 2022 a 17 de Janeiro de 2025) impostas à Rússia por parte da Suíça (3.226), UE (2.482), França (2.423) e Reino Unido (2.078).

Estas são as oito medidas mínimas necessárias para se alcançar um acordo de paz duradoura na Ucrânia e Rússia.

Para construir uma paz duradoura na Europa é necessário delinear, debater e aprovar uma arquitectura de Cooperação e Segurança Europeia que abranja todos os países da Europa (incluindo a Rússia) e que respeite escrupulosamente o princípio da indivisibilidade da segurança internacional: a noção de que a segurança internacional é interdependente — ou seja, não há segurança de uns países sem a segurança, ou em detrimento da segurança, dos demais.

Essa arquitectura deve incluir as seguintes medidas de construção e desenvolvimento da confiança:

Eliminação de todas as armas nucleares dos EUA e da Rússia (e de todas as infra-estruturas existentes para a sua utilização) fora dos seus respectivos territórios nacionais — como é o caso das bases aéreas da OTAN (/NATO) na Europa que albergam ogivas nucleares dos EUA: Incirlik (Turquia); Aviano e Ghedi-Torre (Itália); Kleine Brogel (Bélgica); Büchel (Alemanha), Volkel (Holanda), assim como das bases aéreas que albergam as ogivas nucleares que a Rússia posicionou na Bielorrússia no âmbito da Organização do Tratado de Segurança Colectiva.

Erradicação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Europa ‒ por denúncia/retirada do seu Tratado (prevista no seu artigo 13.º) por parte dos seus países-membros europeus – seja (i) por denúncia simultânea de todos eles, ou (ii) por denúncia/retirada individual sucessiva dos seus países-membros europeus, ou (iii) por denúncia/retirada concertada de grupos sucessivos dos seus países-membros europeus ou (iv) por uma combinação de (ii) e (iii) e Erradicação (concomitante da erradicação da OTAN do continente europeu) da Organização do Tratado de Segurança Colectiva (OTSC) na Europa  por denúncia/retirada do seu Tratado (prevista no seu artigo 11.º) por parte dos seus países-membros europeus — Rússia, Bielorrússia, Arménia (+ Sérvia como membro observador).

Estas medidas são, por sua vez, as que abrem caminho ao fim das armas nucleares, condição necessária para prevenir um apocalipse nuclear, o que exige:

a proibição de conceber, testar, produzir, fabricar, adquirir, possuir ou armazenar armas nucleares ou outros engenhos explosivos nucleares, tal como dispõe o artigo 1.º do Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares (TPAN), aprovado pela Assembleia Geral da ONU em 4 de Dezembro de 2017.

Convém lembrar que o TPAN foi, até à data, subscrito por 93 países (mas não por Portugal), dos quais 70 já o ratificaram. Os países que o ratificaram estão, na sua maioria, na Ásia, África e América Latina, e não são potências nucleares. Dos 32 países-membros da OTAN (/NATO) ‒ incluindo, portanto, EUA, França e Reino Unido, detentores de armas nucleares, e os 22 países da UE que também são membros da OTAN ‒ nenhum subscreveu e ratificou o tratado. Isto mostra bem que esta organização é uma aliança nuclear muito ciosa do seu poder de destruição.

O desmantelamento simultâneo e mutuamente controlado (por inspectores de todas as partes envolvidas) do arsenal nuclear da Rússia, dos EUA, da França, do Reino Unido e demais potências nucleares: China, Índia, Paquistão, Israel, Coreia do Norte.

Uma imagem com texto, captura de ecrã, Tipo de letra, mapa

Os conteúdos gerados por IA podem estar incorretos.

Número de ogivas nucleares das 9 potências nucleares em 2025Fonte: SIPRI, 2025

O princípio a aplicar nesta tarefa é muito simples e já deu as suas provas: «Confiar, mas verificar». A tarefa é colossal, mas executável, como ficou demonstrado pelo Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, celebrado entre a União Soviética (e depois a Rússia, o Estado sucessor) e os EUA em 1987, também conhecido como Tratado INF (Intermediate-Range Nuclear Forces) ou Tratado FNI (Forças Nucleares Intermediárias), que durou até 2019, quando foi rompido pelos EUA.

O Tratado FNI previa a destruição dos mísseis nucleares com alcance entre 500 e 5.500 quilómetros em três anos. E isso foi feito com êxito. Ao todo, foram destruídos 2.692 mísseis antes de 1991 — ou seja, a quase totalidade dos mísseis nucleares de alcance intermediário e pouco mais de 4% do arsenal nuclear total de ambos os países em 1987.  Uma das inovações do Tratado FNI foi a adopção de procedimentos de verificação mútua das destruições de armas nucleares por parte de inspectores de cada país.

Um verdadeiro sistema de paz não será estabelecido na Terra até que, pelo menos, os tratados de desarmamento nuclear tenham sido assinados e ratificados por todos os Estados que têm armas nucleares e as armas nucleares erradicadas.

......................................................................................................................................................................

 

Segue-se a lista alfabética (actualizada em 26 de Outubro de 2025 e organizada por apelido) dos primeiros signatários da convocatória acima publicada. 

Esta lista apresenta indivíduos de várias nacionalidades e formações profissionais, incluindo militares, ordinariato castrense, ensino superior (universitário e politécnico) e secundário, jornalismo, diplomacia, saúde, judiciário, movimento sindical, ciência e artes, demonstrativo do amplo apoio internacional a esta iniciativa.

 

·       Jorge Aires (Portugal): Major-General (R) da Força Aérea 

·       José Baptista Alves (Portugal): Coronel (R) da Força Aérea, militar de Abril [*]

·       João Sousa Andrade (Portugal): Economista, professor universitário, investigador

·       António Avelãs (Portugal): Professor do ensino secundário, dirigente sindical

·       Patrik Baab (Alemanha): Jornalista, professor universitário, escritor de não-ficção

·    Manuel Begonha (Portugal): Capitão-de-Mar-e-Guerra (R) da Marinha, militar de Abril

·       Carlos Branco (Portugal): Major-General (R) do Exército, especialista em resolução de conflitos

·   Tony Brenton (Reino Unido): Diplomata, antigo embaixador do Reino Unido na Rússia (2004-2008)

·       Jean Bricmont (Bélgica): Físico teórico, filósofo, professor universitário, escritor de não-ficção

·       Isabelle Casel (Alemanha): Artista independente, activista pela paz, conselheira

·       Jorge Costa Campos (Portugal): Jornalista, documentarista, professor

do ensino superior politécnico

·       Luís Alfaro Cardoso (Portugal): Veterinário, investigador, professor universitário

·       José Cavalheiro (Portugal): Engenheiro, professor universitário, investigador

·       António Rocha Carrilho (Portugal): Vice-Almirante (R) da Marinha

·       Rolf Christianson (Suécia) : Professor de arte

·  Michel Collon (Bélgica): Jornalista, escritor, fundador de Investig’Action (sítio Internet, canal de vídeo-difusão, edição de livros, investigação sobre a desinformação)

·     Pedro de Pezarat Correia (Portugal): Major-General (R) do Exército, militar de Abril

·  Alain Corvez (França): Coronel (R) do Exército, conselheiro de estratégia internacional

·       Raul Luís Cunha (Portugal): Major-General (R) do Exército , historiador, escritor de não-ficção

·       Glenn Diesen (Noruega): Politólogo, professor universitário, escritor de não-ficção, videasta  

·    Hugo Dionísio (Portugal): advogado, investigador independente

·    Jean-Christophe Emmeneger (Suíça): Ex-jornalista, investigador especializado na história dos serviços secretos de informações, escritor-viajante

·       Dom Januário Torgal Ferreira (Portugal): Bispo Emérito das Forças Armadas e de Segurança de Portugal

·       Paulo Fidalgo (Portugal): Médico, gastroenterologista, escritor de não-ficção

·  Carlos Fino (Portugal): Jornalista (repórter, correspondente internacional e correspondente de guerra), escritor de não-ficção

·       Mattias Forsgren (Suécia): Docente, escritor de não-ficção

·     Júlio Manuel Dias Gomes (Portugal): Economista, professor universitário, escritor de não-ficção

·  Ulrike Guérot (Alemanha): filósofa política, activista pela paz, professora universitária, escritora de não-ficção

·       Manuel Martins Guerreiro (Portugal): Contra-Almirante (R) da Marinha, militar de Abril

·      Jacques Hogard (França): Coronel (R) do Exército Francês, historiador, consultor em geopolítica, escritor de não-ficção

·       Hakan Julander (Suécia): Actor, poeta, “podcaster”

·       Cipriano Justo (Portugal): Médico, professor universitário, escritor de não-ficção

·       Mertz Laakso (Suécia): Empreendedor, escritor de não-ficção

·     Luís M. Loureiro (Portugal): Jornalista, professor universitário, escritor de não-ficção

·       Pascal Lottaz (Suíça): Politólogo, professor universitário, videasta

·       António M. J. Rosado da Luz (Portugal): Coronel (R) do Exército português, militar de Abril, economista

·     Seamus Martin (Irlanda): Jornalista, antigo correspondente do The Irish Times em Moscovo

·       Albino Matos (Portugal): Jurista, escritor de não-ficção

·       Alexander Mercouris (Reino Unido): Jornalista, analista político, videasta

·       Guy Mettan (Suíça): Jornalista, cronista, deputado, escritor de não-ficção

·      José Manuel Costa Neves (Portugal): Major-General (R) da Força Aérea, militar de Abril.

·       Matts Nilsson (Suécia): jurista, escritor de não-ficção

·     António José Avelãs Nunes (Portugal): Jurista, economista, professor universitário, escritor de não-ficção

·       Rui Pereira (Portugal): Jornalista, professor universitário, escritor de não-ficção

·       Henrik Petersen (Suécia): Escritor de ficção

·    Ian Proud (Reino Unido): Diplomata, antigo conselheiro económico da embaixada britânica em Moscovo (2014-2019), escritor de não-ficção

·   Christopher Read ( Reino Unido): Professor emeritus de História

·      João Luís B. Pena dos Reis (Portugal): Procurador-geral-adjunto (R) do Ministério Público 

·       Alastair Renfrew (Reino Unido): Filólogo, historiador, professor universitário

·     Craig Roberts (País de Gales, Reino Unido): Maestro, compositor, director musical da Symphonic Brass Wales e da Lewis-Merthyr Bands

·       Geoffrey Roberts (Irlanda): Historiador, professor universitário

·     Fabrice Saint-Pol (França) : Capitaine de Corvette (Commandant) de réserve (Marine nationale), engenheiro civil

·       Richard Sakwa (Reino Unido): Politólogo, historiador, professor universitário

·   Michael Sergius von der Schulenburg (Alemanha): Eurodeputado, diplomata, escritor de não-ficção

·     José Aranda da Silva (Portugal): Coronel (R) do Exército Português, militar de Abril, farmacêutico, escritor de não-ficção

·   Robert Skidelsky (Reino Unido): Economista, historiador, professor universitário, escritor de não-ficção, membro da Câmara dos Lordes

·       José Catarino Soares (Portugal): Linguista, professor do ensino superior politécnico, escritor de não-ficção

·       Henry Söderström (Suécia): Economista, escritor de não-ficção

·       Richard Turpin (Suécia): Encenador  

·      Harald Walach (Alemanha): Psicólogo, filósofo, professor universitário, escritor de não-ficção

·      Alfred-Maurice de Zayas (Suíça): Jurista, filósofo, professor universitário, escritor de não-ficção

 

[*] A designação “militar de Abril” refere-se, de forma sóbria e objectiva, aos militares responsáveis pela deposição do regime fascista de Salazar-Caetano em 25 de Abril de 1974.

......................................................................................................................................................


A Conferência Europeia e Cidadã para a Paz na Ucrânia, Rússia e Europa está agendada para o dia 22 de Novembro, em Lisboa.

Os interessados em subscrever o texto da convocatória (publicado mais acima) podem fazê-lo enviando as seguintes informações:

·       Nome

·       Profissão (+ 2 ou 3 descritores no máximo)

·       Morada

·       Endereço electrónico 

·        para o seguinte endereço de e-mail: u8189072106@gmail.com

A morada e o endereço electrónico fornecidos para a subscrição do texto não serão divulgados, garantindo a confidencialidade dos dados pessoais dos participantes. 

.............................................................................................................................


Conferência Europeia e Cidadã

para a Paz na Ucrânia, Rússia e Europa

Lisboa, 22 de Novembro de 2025

 

A) Programa e ordem de trabalhos

Ponto 1Boas-vindas e agradecimentos: José Catarino Soares (Portugal). Das 9h30 às 9h40 (+ 5 minutos para a entidade responsável pelo local da Conferência poder usar da palavra).

Ponto 2Alocução de abertura: Luís Alfaro Cardoso (Portugal). Das 9h45 às 10h.

Ponto 3Testemunhos da guerra e da vida quotidiana na Donbass. Das 10h às 12h30, com uma pausa para café às 11h15.

Cinco oradores: Guy Mettan (Suíça), Christelle Néant (França), Benoît Paré (França), Jean-Christophe Emmeneger (Suíça), Patrick Baab (Alemanha). Moderador: Luís M. Loureiro (Portugal).  

Almoço12h30-14h30.

Ponto 4Narrativas e realidade da guerra na Ucrânia e na Rússia. Das 14h30 às 16h10, com uma pausa para café às 16h10.

Quatro oradores: Jacques Hogard (França), Alastair Renfrew (Inglaterra, Reino Unido), Geoffrey Roberts (Irlanda), Michel Collon (Bélgica). Moderador: José Catarino Soares (Portugal).

Ponto 5Iniciativas de promoção da paz na Ucrânia, na Rússia e na Europa. Das 16h30 às 18h50.

Cinco oradores: Isabelle Casel (Alemanha), Hakan Julander (Suécia), Ian Proud (Inglaterra, Reino Unido), Robert Skidelsky (Inglaterra, Reino Unido), Carlos Branco (Portugal). Moderador: José Aranda da Silva (Portugal).

Ponto 6. Alocução de encerramentoRaul Luís Cunha (Portugal). Das 18h50-19h

..............................................................................................................................

B) Intervenções dos oradores previstos

As intervenções dos oradores previstos para os pontos 3, 4 e 5 do programa da conferência têm a duração de 15 minutos, seguidos de 10 minutos para perguntas e respostas. Toda a conferência será videogravada, para divulgação ulterior.

C) Outras intervenções

A Comissão Organizadora da Conferência pediu a duas pessoas que preparassem intervenções que substituíssem as de oradores previstos que se vissem, à última hora, impossibilitados de participar na conferência. Agradecemos a esses nossos especiais convidados  Rui Pereira e Sófia Smirnov  a gentileza de terem aceitado o nosso convite e o esforço que fizeram para o satisfazer. O conteúdo das suas intervenções será publicado no sítiowww da Conferência, após a sua realização.

D)  Acesso à Conferência

O acesso à Conferência está exclusivamente reservado aos 62 subscritores iniciais da sua convocatória e aos seus convidados nominais.

As pessoas que vierem, entretanto,  subscrever a convocatória para a Conferência ficam automaticamente inscritas para nela participarem e receberão uma mensagem indicando-lhes o local onde ela vai ser realizada. 

Além e independentemente da subscrição do texto da convocatória, é possível manifestar interesse em participar na conferência (cujo Programa e Ordem de Trabalhos se  publicam mais abaixo), que será atendida se a lotação do recinto que acolhe a conferência o permitir. A inscrição (NOME, PROFISSÃO, ENDEREÇO ELECTRÓNICO) para participar na conferência deve ser enviada para o endereço electrónico já indicado mais acima: u8189072106@gmail.com 

A comissão organizadora da Conferência irá gerir as inscrições de acordo com a lotação disponível, para garantir o conforto e segurança de todos os participantes

 

 

UNE CONFÉRENCE EUROPÉENNE POUR LA PAIX
EN UKRAINE, EN RUSSIE ET EN EUROPE
— des citoyens, par les citoyens, pour les citoyens



 

Lors du sommet du G7, le 17 juin 2025, le président du Conseil européen, António Costa, a remis à Donald Trump, président des États-Unis, un maillot de Cristiano Ronaldo, signé par le joueur lui-même, sur lequel était imprimé l’appel suivant : « Play for peace. As a team » [« Jouez pour la paix. En équipe »].

Un appel juste, mais avec un messager et un destinataire inapproprié

L’appel de Cristiano Ronaldo exprime un souhait légitime et urgent. Mais il a un mauvais messager (António Costa) et un mauvais destinataire : le G7 — Canada, France, Allemagne, Italie, Japon, Royaume-Uni (RU), États-Unis d’Amérique (É.-U) + l’Union européenne (UE) en tant que membre non énuméré.

La seule équipe intéressée à jouer pour la paix et capable de le faire avec engagement et honnêteté est celle formée par les citoyens ordinaires qui constituent les peuples de ces pays et des autres pays, y compris les pays européens qui ne sont pas membres de l’Union européenne.

Une tâche qui incombe aux citoyens

C'est donc à nous, citoyens ordinaires, qu’il revient de prendre l'initiative et d’agir pour construire une paix durable en Europe. (Si nous le faisons, les gouvernements seront obligés de nous obéir ou bien ils tomberont).

Que pouvons-nous faire immédiatement dans ce sens ? Convoquer une conférence européenne pour la paix en Ukraine, en Russie et en Europe.

Avec quels mots d’ordre ? C'est là le point le plus délicat. Nous proposons, pour commencer, les suivants :

Création d’une commission vérité et réconciliation sur le modèle de celles qui ont donné d’aussi bons résultats en Afrique du Sud après l’apartheid et au Timor oriental après l’indépendance.

Cette commission indépendante pourrait commencer son travail immédiatement après la signature de l’accord de paix, en écoutant les plaintes (de toutes les parties) pour violation des droits humains depuis 2014, indépendamment des procédures d’enquête forensiques menant aux procès pour crimes de guerre, qui seront nécessairement très longues.

Les procès pour crimes de guerre doivent être organisés par les États concernés, comme l’a suggéré l’éminent juriste Alfred de Zayas : les procès pour crimes de guerre présumés russes doivent être jugés par des tribunaux russes ; les procès pour crimes de guerre présumés ukrainiens doivent être jugés par des tribunaux ukrainiens.  

Neutralité militaire permanente de l’Ukraine inscrite dans sa Constitution. Renonciation de l’Ukraine à l’objectif d’adhésion à l’OTAN (/NATO), avec abrogation des articles de la Constitution ukrainienne qui expriment cet objectif (arts. 85[5], 102, 116 [1]).

Garanties juridiques que l’Ukraine n’autorise pas la fabrication, la réception, le transit et le stationnement d’armes nucléaires et d’autres armes de destruction massive sur son territoire.

● Garanties juridiques que l’Ukraine et la Russie n’autorisent pas l’installation de bases militaires et la présence de contingents militaires étrangers sur leurs territoires respectifs.

● Reconnaissance du droit à l’autodétermination (article 1, paragraphe 2, article 55 et article 73 de la Charte des Nations unies ; article 1er du Pacte international relatif aux droits civils et politiques) sous ses différentes formes (autonomie régionale, fédéralisme, sécession, intégration volontaire dans un autre pays) pour la population de Crimée et les populations des oblasti de l’est et du sud de l’Ukraine qui se sentent plus russes qu’ukrainiennes et qui ont librement exprimé leur volonté par référendum.

Garanties juridiques pour la protection de la langue russe en tant que langue co-officielle de l’Ukraine et des droits culturels (y compris la liberté religieuse) des Ukrainiens russophones (52 % de la population ukrainienne), ainsi que des droits culturels des Ukrainiens parlant des langues minoritaires (par exemple, le hongrois et le roumain).

● Fin de toutes les sanctions interdiction de diffusion des médias sociaux (RT, Sputnik, etc.) dans l'espace de l’UE ; interdictions de visas et de voyages dans l’UE, dans l’espace Schengen, au Royaume-Uni et en Irlande ; gel des avoirs ; restrictions aux importations et aux exportations économiques soit au total plus de 10 279 sanctions (882 sanctions entre le 17 mars 2014 et le 22 février 2022, plus 9 237 entre le 22 février 2022 et le 17 janvier 2025) imposées à la Russie par la Suisse (3 226), l’UE (2 482), la France (2 423) et le Royaume-Uni (2 078).

Voici les huit mesures minimales nécessaires pour parvenir à un accord de paix durable en Ukraine et en Russie.

Pour construire une paix durable en Europe, il est nécessaire de définir et d’approuver une architecture de coopération et de sécurité européenne qui englobe tous les pays d’Europe (y compris la Russie) et qui respecte scrupuleusement le principe de l’indivisibilité de la sécurité : l’idée que la sécurité internationale est interdépendante, c’est-à-dire qu’il ne peut y avoir de sécurité pour certains pays sans la sécurité des autres, ou au détriment de la sécurité des autres.

Cette architecture doit inclure les mesures suivantes visant à instaurer et à développer la confiance :

Élimination de toutes les armes nucléaires des États-Unis et de la Russie (et de toutes les infrastructures existantes pour leur utilisation) en dehors de leurs territoires nationaux respectifs — comme c’est le cas des bases aériennes de l’OTAN en Europe qui abritent des ogives nucléaires américaines : Incirlik (Turquie) ; Aviano et Ghedi-Torre (Italie) ; Kleine Brogel (Belgique) ; Büchel (Allemagne), Volkel (Pays-Bas), ainsi que les bases aériennes qui abritent les ogives nucléaires que la Russie a déployées en Biélorussie dans le cadre de l'Organisation du Traité de sécurité collective.

Éradication de l’Organisation du Traité de l’Atlantique Nord (OTAN) en Europe ‒ par dénonciation/retrait de son traité (prévu à son article 13) par ses pays membres européens – soit (i) par dénonciation simultanée de tous ces pays, soit (ii) par dénonciation/retrait individuel successif de ses pays membres européens, soit (iii) par dénonciation/retrait concerté de groupes successifs de ses pays membres européens, soit (iv) par une combinaison des points (ii) et (iii) et Éradication (concomitante à l’éradication de l’OTAN du continent européen) de l’Organisation du Traité de sécurité collective (OTSC) par dénonciation/retrait de son Traité (prévu à l'article 11) par ses pays membres européens — Russie, Biélorussie, Arménie (+ Serbie en tant que membre observateur). 

Ces mesures sont, à leur tour, celles qui ouvrent la voie à la fin des armes nucléaires, condition nécessaire pour prévenir une apocalypse nucléaire, ce qui exige :

l’interdiction de concevoir, tester, produire, fabriquer, acquérir, posséder ou stocker des armes nucléaires ou autres dispositifs explosifs nucléaires, comme le prévoit l’article 1er du Traité sur l’Interdiction des Armes Nucléaires (TIAN), approuvé par l’Assemblée générale des Nations unies le 4 décembre 2017.

Il convient de rappeler que le TIAN a été signé à ce jour par 93 pays, dont 70 l’ont déjà ratifié. Les pays qui l’ont ratifié sont pour la plupart situés en Asie, en Afrique et en Amérique latine, et ne sont pas des puissances nucléaires. Sur les 32 pays membres de l’OTAN ‒ y compris donc les États-Unis, la France et le Royaume-Uni, détenteurs d’armes nucléaires, et les 22 pays de l’UE qui sont également membres de l’OTAN ‒ aucun n’a signé et ratifié le traité. Cela montre bien que cette organisation est une alliance nucléaire très jalousement attachée à son pouvoir de destruction.

Le démantèlement simultané et mutuellement contrôlé (par des inspecteurs de toutes les parties concernées) des arsenaux nucléaires de la Russie, des États-Unis, de la France, du Royaume-Uni et des autres puissances nucléaires : Chine, Inde, Pakistan, Israël, Corée du Nord.

Nombre d’ogives nucléaires des 9 puissances nucléaires en 2025. Source : SIPRI, 2025

Le principe à appliquer dans cette tâche est très simple et a déjà fait ses preuves : « Faire confiance, mais vérifier ». La tâche est colossale, mais réalisable, comme l’a démontré le Traité sur les forces nucléaires à portée intermédiaire, conclu entre l’Union soviétique (puis la Russie, l’État successeur) et les États-Unis en 1987, également connu sous le nom de Traité FNI (Forces nucléaires à portée intermédiaire) ou Traité INF (Intermediate-Range Nuclear Forces), qui a duré jusqu’en 2019, date à laquelle il a été rompu par les États-Unis.

Le traité FNI prévoyait la destruction des missiles nucléaires d’une portée comprise entre 500 et 5 500 kilomètres en trois ans. Et cela a été fait avec succès. Au total, 2 692 missiles ont été détruits avant 1991, soit la quasi-totalité des missiles nucléaires à portée intermédiaire et un peu plus de 4 % de l’arsenal nucléaire total des deux pays en 1987.  L’une des innovations du traité FNI a été l’adoption de procédures de vérification mutuelle de la destruction des armes nucléaires par des inspecteurs de chaque pays.

Un véritable système de paix ne sera pas établi sur Terre tant que, au minimum, les traités de désarmement nucléaire n’auront pas été signés et ratifiés par tous les États dotés d’armes nucléaires et que les armes nucléaires n'auront pas été éradiquées.

.......................................................................................................................................


Les personnes souhaitant souscrire à cet l’Appel à une conférence européenne et citoyenne pour la paix en Ukraine, en Russie et en Europe sont invitées à contacter u8189072106@gmail.com. Veuillez indiquer votre nom, votre pays d'origine, votre profession et votre adresse électronique. (Soyez assuré que votre adresse électronique restera confidentielle)

Elles seront ajoutées à la liste ci-dessous, mise à jour le 26 octobre 2025, qui recense les premiers signataires de l’Appel.

Les signataires, classés par ordre alphabétique de leur nom de famille, représentent une diversité de professions, de nationalités et d’expertises, illustrant la pluralité des citoyens engagés dans la promotion de la paix sur le continent européen.

Liste des signataires

·       Jorge Aires (Portugal) : Général de division (er) de l’Armée de l’Air portugaise

·    José Baptista Alves (Portugal): Colonel (er) de l’Armée de l’Air portugaise, militaire d’avril [*]

·       João Sousa Andrade (Portugal): Économiste, professeur d’université, chercheur

·       António Avelãs (Portugal) : Enseignant du sécondaire, dirigeant syndical

·       Patrik Baab (Allemagne) : Journaliste, professeur d’université, écrivain de non-fiction

·       Manuel Begonha (Portugal) : Capitaine de vaisseau et de guerre (er) de la Marine portugaise, militaire d’avril

·    Carlos Branco (Portugal) : Général de division (er) de l’Armée portugaise, spécialiste en résolution de conflits

·       Tony Brenton (Royaume-Uni) : Diplomate, ancien ambassadeur du Royaume-Uni en Russie (2004-2008)

·   Jean Bricmont (Belgique): Physicien théoricien, philosophe, professeur d’université, écrivain de non-fiction

·   Jorge Costa Campos (Portugal) : Journaliste, documentariste, professeur de l’enseignement supérieur polytechnique

·       Luís Alfaro Cardoso (Portugal): Vétérinaire, chercheur, professeur d’université

·       António Rocha Carrilho (Portugal): Vice-amiral (er) de la Marine portugaise  (er)

·       Isabelle Casel (Allemagne) : Artiste indépendante, militante pacifiste, conseillère

·       José Cavalheiro (Portugal) : Ingénieur, professeur d’université, chercheur

·       Rolf Christianson (Suède) : Professur d’art

·     Michel Collon (Belgique) : Journaliste et écrivain, fondateur d’Investig’Action  (site, chaîne vidéo, édition de livres, recherches sur la désinformation)

·    Pedro de Pezarat Correia (Portugal): Général de division (er) de l’Armée portugaise,  militaire d’avril

·       Alain Corvez (France) : Colonel (er) de l’Armée française, conseiller en stratégie internationale

·      Raul Luís Cunha (Portugal) : Général de division (er) de l’Armée portugaise, historien, écrivain de non-fiction

·       Glenn Diesen (Norvège) : Politologue, professeur d’université, écrivain de non-fiction, vidéaste 

·         Hugo Dionísio (Portugal): avocat, chercheur indépendant

·       Jean-Christophe Emmeneger (Suisse) : Ancien journaliste, chercheur spécialisé en histoire du renseignement, écrivain-voyageur

·       Dom Januário Torgal Ferreira (Portugal):  Évêque émérite des forces armées et de sécurité portugaises

·       Paulo Fidalgo (Portugal) : Médecin, gastro-entérologue, écrivain de non-fiction

·  Carlos Fino (Portugal) : Journaliste (reporter, correspondant international, correspondant de guerre), écrivain de non-fiction

·       Mattias Forsgren (Suède) : Enseignant, écrivain de non-fiction

·    Júlio Manuel Dias Gomes (Portugal) : Économiste, professeur d’université, écrivain de non-fiction

·       Ulrike Guérot (Allemagne) : Philosophe politique, militante pacifiste, professeur d’université, écrivain de non-fiction

·      Manuel Martins Guerreiro (Portugal): Contre-amiral (er) de la Marine portugaise, militaire d’avril

·    Jacques Hogard (France) : Colonel (er) de l’Armée française, historien, consultant en géopolitique, écrivain de non-fiction

·       Hakan Julander (Suède) : Acteur, poète, baladodiffuseur [« podcaster»]

·     Cipriano Justo (Portugal) : Médecin, professeur d’université, écrivain de non-fiction

·       Mertz Laakso (Suède) : Entrepreneur, écrivain de non-fiction

·       Pascal Lottaz (Suisse) : Politologue, professeur d’université, vidéaste

·      Luís M. Loureiro (Portugal) : Journaliste, professeur d’université, écrivain de non-fiction

·       António M. J. Rosado da Luz: Colonel (er) de l’Armée portugaise, militaire d’avril, économiste

·       Seamus Martin (Irlande) : Journaliste, ancien correspondant à Moscou pour The Irish Times

·       Albino Matos (Portugal) : Juriste, écrivain de non-fiction

·       Guy Mettan (Suisse) : Journaliste, chroniqueur et deputé suisse. Auteur de livres et d’essais géopolitiques

·       Alexander Mercouris (Royaume-Uni) : Journaliste, analyste politique, vidéaste

·       José Manuel Costa Neves (Portugal): Général de division (er) de l’Armée de l’Air portugaise, militaire d’avril

·       Matts Nilsson (Suède) : Juriste, écrivain de non-fiction

·     António José Avelãs Nunes (Portugal) : Juriste, économiste, professeur d’université, écrivain de non-fiction

·       Rui Pereira (Portugal) : Journaliste, professeur d’université, écrivain de non-fiction

·       Henrik Petersen (Suède) : Auteur de fiction

·    Ian Proud (Royaume-Uni) : Diplomate, ancien conseiller économique à l’ambassade du Royaume-Uni à Moscou (2014-2019), écrivain de non-fiction

·        Christopher Read (United Kingdom): Professeur emeritus of history

·       João Luís B. Pena dos Reis (Portugal): Procureur général adjoint (er) du ministère public portugais

·       Alastair Renfrew (Royaume-Uni) : Philologue, historien, professeur d’université

·       Craig Roberts (Pays de Galles, Royaume Uni) : chef d’orchestre, créatif, directeur musical des orchestres Symphonic Brass Wales et Lewis-Merthyr Bands.

·       Geoffrey Roberts (Irlande) : Historien, professeur d’université

·   Fabrice Saint-Pol (France) : Capitaine de Corvette (Commandant) de réserve (Marine nationale), Ingénieur ouvrages d’arts

·       Richard Sakwa (Royaume-Uni) : Politologue, historien, professeur d'université

·     Michael Sergius von der Schulenburg (Allemagne) : Député européen, diplomate, écrivain de non-fiction

·     José Aranda da Silva (Portugal) : Colonel (er) de l’Armée portugaise, militaire d’avril, pharmacien, écrivain de non-fiction

·       Robert Skidelsky (Royaume-Uni) : Économiste, historien, professeur d’université, membre de la Chambre des Lords

·   José Catarino Soares (Portugal) : Linguiste, professeur de l’enseignement supérieur polytechnique, écrivain de non-fiction

·       Henry Söderström (Suède) : Économiste, écrivain de non-fiction

·       Richard Turpin (Suède) : Metteur en scène

·      Harald Walach (Allemagne) : Psychologue, philosophe, professeur d'université, écrivain de non-fiction

·      Alfred-Maurice de Zayas (Suisse) : Juriste, philosophe, professeur d’université, écrivain de non-fiction

[*] L’expression « militaire d’avril » désigne, de manière factuelle et sobre, toute personne ayant pris part au renversement du régime salazariste-fasciste le 25 avril 1974 en tant que membre des forces armées.

.........................................................................................................................................

 

Programme de la conférence

22 novembre 2025, Lisbonne

 

Point 1Accueil et remerciementsJosé Catarino Soares (Portugal).9h30 à 9h45.

Point 2Allocution d’ouverture. Luís Alfaro Cardoso (Portugal). 9h45 à 10h.

Point 3Témoignages de guerre et de la vie quotidienne dans le Donbass. De 10h à 12h30 avec une pause-café à 23h15.

Cinq intervenants: Guy Mettan (Suisse), Christelle Néant (France), Benoît Paré (France), Jean-Christophe Emmeneger (Suisse), Patrick Baab (Allemagne). Modérateur : Bruno de Carvalho (Portugal).

Déjeuner. 12h30-14h30.

Point 4 : Récits et réalité de la guerre en Ukraine et en Russie. De 14h30 à 16h10 avec une pause-café à 16h10.

Quatre intervenants : Jacques Hogard (France), Michel Collon (Belgique), Alastair Renfrew (Angleterre, Royaume-Uni). Geoffrey Roberts (Irlande). Modérateur : José Catarino Soares (Portugal).

Point 5. Initiatives en faveur de la paix en Ukraine, en Russie et en Europe. De 16h30 à 18h50. 

Cinq intervenants : Isabelle Casel (Allemagne), Hakan Julander  (Suède), Robert Skidelsky (Angleterre, Royaume-Uni), Ian Proud (Angleterre, Royaume-Uni), Carlos Branco (Portugal). Modérateur : José Aranda da Silva (Portugal).

Point 6Allocution de clôture. Raul Luís Cunha (Portugal). 18h50-19h.